E dificil descrever em poucas linhas o que e ter lido um livro com 15 anos e desde entao ter nascido uma vontade de estar junto dos mais pobres e de um dia, quem sabe, conhecer a India de que o Dominique Lapierre falava na "Cidade da Alegria". Depois de uma semana de ferias no Rajastao (obrigada Tiago, Maria, Mae, claro, por todas as dicas!!), aterramos finalmente em Calcuta (uma vez mais mil obrigadas Mafalda e Pipa pela ajuda a mergulhar neste imenso mundo...).
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
KOLKATA - A CIDADE DA ALEGRIA
E dificil descrever em poucas linhas o que e ter lido um livro com 15 anos e desde entao ter nascido uma vontade de estar junto dos mais pobres e de um dia, quem sabe, conhecer a India de que o Dominique Lapierre falava na "Cidade da Alegria". Depois de uma semana de ferias no Rajastao (obrigada Tiago, Maria, Mae, claro, por todas as dicas!!), aterramos finalmente em Calcuta (uma vez mais mil obrigadas Mafalda e Pipa pela ajuda a mergulhar neste imenso mundo...).
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Udaipur - A cidade branca
Agora, as boas noticias:
- Ja nao estamos doentes (garanto que esta e uma excelente noticia)
- Ja estamos em Calcuta, bem perto da Cidade da Alegria, rejubilantes...
- Ja temos uma rotina e estamos instaladas, dai poder tentar cumprir com a promessa da actualizacao diaria do blog, com fotos!!
domingo, 22 de novembro de 2009
O merecido descanso
Dia 19 de Novembro de 2009
Nos bem que tinhamos o plano todo alinhado ao milimetro, mas as nossas fracas barrigas ordenaram-nos a um dia de descanso. Basicamente `torradas e descanso`. Convenhamos que o acordar as 6h da manha durante 4 dias seguidos nao tera ajudado...
Assim, este foi o dia para saborear o que ja tinhamos vivido na India. Tanto a nivel pratico, como lembrar o preco de 1 banana: 3 rupias equivalente a 4 centimos (como e que volto a comprar bananas a 1 euro na mercearia por baixo de minha casa?!?!) ou o facto de termos que negociar tudo, tudo, tudo. As vezes e simplesmente desgastante... Ja sabemos que estamos a ser aldrabadas (mais! que ja fomos aldrabadas 1000 vezes!), mas como diz a minha Mae, quando temos paciencia, la nos sentamos nas lojinhas, a bebericar um tchai (cha acucarado com leite) e negociamos tais feirantes de Ponte de Lima. Nos achamos que fazemos optimos negocios, e eles tambem. Ainda soltamos algumas gargalhadas. Ainda ontem em Udaipur, numa loja, eu dizia umas parvoices, a Zezinha, minha maior fa, ria-se , ria-se, e o dono da loja ria-se as gargalhadas do riso da Zezinha. Enfim, no meio de mil macacadas nossas, acabaram os empregados todos da loja a rir, e o dono com um ar semi comovido `Thank you for making us laugh`. Quem diz que o povo portugues e um povo triste?
Outra coisa que nos apercebemos e da abordagem sempre igual de qualquer indiano: "Which country?". Muito curiosos, querem sempre meter conversa. O que tem graca (ou diria, e no minimo curioso) e que o fazem independentemente de estarmos a conversar, a discutir ou calados. No outro dia, em Jaipur, depois do museu astronomico, estavamos os tres cansados (Zezinha, Daniel e eu) e ficamos sentados em silencio a porta do museu, a descansar. Ao nosso lado, um grupo de 4 espanhois estava a ter uma enorme discussao (gesticulando e gritando como so os espanhois sabem fazer) e eu deixei-me ficar so para ver como e que eles iam `expulsar` os riquexos, vendedores ambulantes e por ai fora que tambem os iriam abordar. Bem, os indianos devem ter-se sentido intimidados por tanta agressividade, eles que sao tao calmos e tolerantes, e nao chegaram perto...
Connosco geralmente temos tido paciencia e gostamos de falar, sobretudo quando da para termos conversas em que conhecemos a outra pessoa, mas como o Daniel explicou (ele que ca esta ha 3 meses), as vezes nao apetece fazer small talk, nao queremos responder de onde somos, nem para onde vamos, nem ha quanto tempo aqui estamos. E se somos mais antipaticas, vao-nos logo perguntar: "But why don't want to talk? Are you OK? Do you need some help?" Agora assim contado tem muita graca, mas as vezes e cansativo. Nos ultimos dias, estive meia doente, de maneira que fazia meios sorrisos, deixando a Zezinha responder...
Ah! Outra coisa gira que se enquadra neste post! Ja so falo ingles com acento indiano! Vejam os Simpsons e o Apu (dono da mercearia) e logo veem como e que estou a falar! Apu Nahasapeemapetilon Quando me respondem num British accent todo correcto, e faco figuras de parva!!
Aparte os fabulosos monumentos, Jaipur, a cidade rosa, revelou-se uma cidade muito cansativa e Jodhpur saltou dos nossos planos devido as maleitas, de maneira que a expectativa para Udaipur era bastante...
Viagem de 9 horas de autocarro pela frente... parece que voltamos ao Brasil!
(hoje nao ha fotografias, este computador nao da...)
Ainda em relacao aos comentarios: Jo, Taty, ja descobri o problema, e agora TODOS podem comentar o blog! :)
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
NAHI CHAIYE *
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
NAMASTE
O Lucky levou-nos no seu Tuc Tuc e entramos num rompante nas ruas movimentadas de Jaipur. No meio do transito ele ia cantando Ricky Martin, Bob Marley enquanto falava connosco em ingles, italiano, espanhol e frances. Queria a viva forca aprender portugues e nos so riamos! Por fim la nos deixou a porta do cinema mais famoso da India, onde perdemos a sessao da tarde por 5 min (em hindi). Reparem bem nas cores do tuc tuc do Lucky!!
Quis o destino que nos cruzassemos com o Daniel, um Israelita que tinha acabado de sair do cinema... Ele em destino, nos tambem. Acabamos por explorar juntos a cidade velha, cidade rosa, juntos.
O Daniel esta ha 3 meses na India e nao tem data de regresso marcada. Tem 27 anos, e musico, veio para a India para fazer uma pausa na sua carreira musical, mas acabou por viver durante um mes em Jaiselmer (no deserto) com os Bhopa (casta mais baixa) a aprender um novo instrumento musical. Por vezes fugimos do obvio e ele apresenta-se-nos sob as formas mais curiosas. Tenho a certeza de que tambem o Daniel se vai perguntado sobre o que ta aqui a fazer... Claro que ja ficou gravemente doente porque nao tem cuidado nenhum e este dia foi o primeiro em que andou a deambular na cidade. Na verdade nao fizemos muito, para alem de fazer o `reconhecimento` da cidade a noite e acabamos a jantar num sitio recomendado pelo nosso anfitriao que nos deu as boas vindas as desinterias indianas. A fotografia nao mostra os ratos (mas isso e normal!!), o pior foi o dia seguinte!
No hurry, no chicken curry. Go Vegetarian, is better.
- a profusao de cor e alegria deste povo tambem se ve nos carros - nao ha um unico carro, camiao, tuc tuc, riquexo e ate mesmo tractor que nao esteja decorado, pintado, enfeitado. E espantoso!
- as buzinadelas sao uma loucura, lembram os apitos dos comboios que na altura dos ingleses, ao som dum unico apito, os comboios andavam ou paravam. Aqui, nao se servem dos espelhos nos carros, apenas das buzinas, como que para avisar os carros do lado `estou aqui amigo, deixa-me passar, nao me atropeles`. Claro que ao fim do dia, quando estou a morrer de dores de cabeca, esta explicacao ja nao me convence.
- a loucura e desenfrear de barulho e buzinadelas nada tem a ver com o pacifismo desta gente. Sao realmente um povo tolerante. Ate agora nao vimos um unico gesto de agressividade. Ao contrario do nosso povo que quando buzina, e verdadeiramente agressivo, os indianos sao uns verdadeiros pacifistas.
- atravessar a estrada e uma autentica loucura! Imaginem uma estrada sem passadeiras, onde os carros vem de todos os sentidos, e pura e simplesmente nao param. A tecnica e simples. Atirarmo-nos la para o meio! E quase que fechar os olhos para nao sermos atropelados. Os carros, motos, riquexos, etc, nao param, mas desviam-se na sua generalidade. Tem graca porque e assim em todo o lado - hoje por exemplo, dia 18, apanhamos um autocarro que nos deixou no centro da cidade no meio de uma rotunda!! Inedito!
A noite, por brincadeira, metemo-nos com um miudo que tinha um riquexo na rua do nosso hotel. Estavamos mesmo em frente ao Taj Mahaj (Sheela Hotel - optimo restaurante, jardim muito simpatico, banho de agua quente com balde, quartos manhosos) numa rua sossegada onde nao ha transito, de maneira que nos pusemos nos a (tentar) conduzir os riquexos. Nao tinha nocao do pesado que era - ia-me desiquilibrando nao sei quantas vezes com o riquexo vazio, quanto mais com alguem la em cima... Comecamos a conversa com o miudo e o amigo dele que tinha a nossa idade e parecia acabado e eles fartaram-se de insistir em levar-nos ao Bazaar por 10 rupias porque recebiam 20 rupias so por nos levarem la... La acedemos e demos o nosso primeiro passeio de riquexo pelas ruas loucas e sujas de Agra. Acabou por ser uma noite engracada - conhecemos o Amin, provamos peixe indiano e os miudos receberam 2% das nossas compras.
domingo, 15 de novembro de 2009
Delhi - um acolhimento de sorrisos rasgados
Quero registar tudo o que foi este primeiro dia na India.
Desta vez tento que nao seja num diario, mas neste blog e vou-me questionado, vamo-nos questionando no decorrer do dia, por entre sonos entre-cortados, e jet-lags o e que estamos aqui a fazer...