Há pessoas que se cruzam nas nossas vidas e nos transformam por dentro.
E ficamos eternamente gratos por esses momentos.
O Miguel era uma dessas pessoas.
De entre as suas várias qualidades, lembro uma que é raro encontrar nos outros: a atenção pelo outro. Ouvia com sofreguidão e era interessado pelas pessoas com que se cruzava. Por vezes, chegava a ser incómoda a perspicácia com que nos lia.
Há dias recebi um mail que falava do ritmo acelerado em que vivemos e de com frequência, nem termos 5 minutos para quem está ao nosso lado. É assustador, mas é verdade. Não temos tempo, estamos sempre com pressa, parecemos uma caricatura do coelho da Alice, sempre em contra-relógio.
O Miguel parecia ter sempre tempo para quem estava perto dele.
Essa é uma das coisas que hoje agradeço.
Isso e a oportunidade dele fazer parte da minha vida.
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