quarta-feira, 18 de novembro de 2009

No hurry, no chicken curry. Go Vegetarian, is better.


Vou tentar resumir os dois ultimos dias, ja que nao temos tido acesso a internet...


Dia 16 Novembro - Viagem Delhi / Agra
Com o privilegio de viajarmos de carro e motorista, supostamente, English Speaker, depressa percebemos o erro crasso que tinhamos cometido. Mal saimos de Delhi, pelas 8h30 o nosso carro teve um furo. Rita, positiva, pensa que a situacao ate fora bem controlada pois nao batemos em nenhum outro carro nos varios metros que andamos de pneu furado. O sentido positivo de ver o copo meio cheio desapareceu ao fim de hora e meia filofando a beira da estrada sobre o transito indiano e a cultura do Pais, e a procura de respostas para o que e que estou aqui a fazer...
O nosso novo motorista (que by the way nao sabia uma palavra de ingles) nao conseguia nem a lei da bala mudar a roda (estava tudo podre e oxidado, claro!) Juro que tentei ser pacifica, calma e tudo o mais, ate ter dado um prazo de meia hora para a coisa se resolver ou iamos de outra forma. Milagrosamente apareceu um outro carro, e la seguimos para Agra. Mas... nao contente com o atraso de 1h30 (bem sei que nao provocado directamente por ele), o motorista nos pergunta se queriamos tomar o pequeno almoco ao meio dia!!! Parou o carro, e ficou calmamente 40 minutos a comer... Com isto a nossa chegada a Agra foi pelas 17h em vez de ser pelas 12h30, conforme previsto. Nao sei bem se foi nesse momento (em que nos apercebemos que tinhamos perdido o dia em viagem) que decidimos prosseguir viagem pelos nossos proprios meios, sem motorista.











Das interminaveis horas de viagem, vimos das coisas mais insolitas na especie de auto-estrada. De camelos no meio da estrada, a riquexos; varredores de rua com o ar mais tranquilo do mundo a limparem as faixas da estrada; carrinhas de caixa de aberta e ate 4 pessoas de pe a pendura; homens a dormirem por cima de camionetes; carros a virem em sentido contrario; vacas, claro, ha sempre vacas no meio das estradas!


Quatro pormenores giros observados no transito:

  1. a profusao de cor e alegria deste povo tambem se ve nos carros - nao ha um unico carro, camiao, tuc tuc, riquexo e ate mesmo tractor que nao esteja decorado, pintado, enfeitado. E espantoso!

  2. as buzinadelas sao uma loucura, lembram os apitos dos comboios que na altura dos ingleses, ao som dum unico apito, os comboios andavam ou paravam. Aqui, nao se servem dos espelhos nos carros, apenas das buzinas, como que para avisar os carros do lado `estou aqui amigo, deixa-me passar, nao me atropeles`. Claro que ao fim do dia, quando estou a morrer de dores de cabeca, esta explicacao ja nao me convence.

  3. a loucura e desenfrear de barulho e buzinadelas nada tem a ver com o pacifismo desta gente. Sao realmente um povo tolerante. Ate agora nao vimos um unico gesto de agressividade. Ao contrario do nosso povo que quando buzina, e verdadeiramente agressivo, os indianos sao uns verdadeiros pacifistas.

  4. atravessar a estrada e uma autentica loucura! Imaginem uma estrada sem passadeiras, onde os carros vem de todos os sentidos, e pura e simplesmente nao param. A tecnica e simples. Atirarmo-nos la para o meio! E quase que fechar os olhos para nao sermos atropelados. Os carros, motos, riquexos, etc, nao param, mas desviam-se na sua generalidade. Tem graca porque e assim em todo o lado - hoje por exemplo, dia 18, apanhamos um autocarro que nos deixou no centro da cidade no meio de uma rotunda!! Inedito!

A noite, por brincadeira, metemo-nos com um miudo que tinha um riquexo na rua do nosso hotel. Estavamos mesmo em frente ao Taj Mahaj (Sheela Hotel - optimo restaurante, jardim muito simpatico, banho de agua quente com balde, quartos manhosos) numa rua sossegada onde nao ha transito, de maneira que nos pusemos nos a (tentar) conduzir os riquexos. Nao tinha nocao do pesado que era - ia-me desiquilibrando nao sei quantas vezes com o riquexo vazio, quanto mais com alguem la em cima... Comecamos a conversa com o miudo e o amigo dele que tinha a nossa idade e parecia acabado e eles fartaram-se de insistir em levar-nos ao Bazaar por 10 rupias porque recebiam 20 rupias so por nos levarem la... La acedemos e demos o nosso primeiro passeio de riquexo pelas ruas loucas e sujas de Agra. Acabou por ser uma noite engracada - conhecemos o Amin, provamos peixe indiano e os miudos receberam 2% das nossas compras.

1 comentário:

  1. esta frase é fantástica, sem dúvida que vai ficar comigo para sempre :)))

    Sim, a comida vegetariana indiana é deliciosaaaaaa!

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